O Pequeno Príncipe...

Escolher apenas um parágrafo desse livro foi bem difícil...mas fica esse aí, dedicado a todos aqueles que ainda conseguem " ver o carneiro através da caixa". O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry

"- E quando te houveres consolado ( a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me ter conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto...E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego..."

Como o autor disse: "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças.(Mas poucas se lembram disso)" , O Pequeno Príncipe é um bom livro para nos fazer lembrar.

C.

Os Tolos Morrem Antes...

Os Tolos Morrem Antes foi um livro que me ganhou com o primeiro capítulo. Livro de Mario Puzo.

"Quero contar uma história, não tenho outro propósito. Não desejo o sucesso, nem fama, nem dinheiro. Mas isso é fácil, a maioria dos homens e das mulheres não os desejam, de verdade. Mais do que isso, ainda, também  não desejo o amor. Quando eu era moço, algumas mulheres diziam que me amavam por minhas pestanas compridas. Aceitei isso. Mais tarde, era pelo meu espírito. Depois por meu poder e dinheiro. Depois por meu talento. Depois pela minha mente - profunda. Bem, sei lidar com tudo isso. A única mulher que me apavora é a que me ama só por mim. Para ela, tenho planos. Tenho venenos e punhais e covas escuras e cavernas, para esconder sua cabeça. Não posso deixar que viva. Especialmente se ela for sexualmente fiel e nunca mentir e sempre me der preferência sobre tudo e todos."


Como lidar com alguém que nos ama só por nós? Espero que de forma melhor do que venenos e punhais e covas escuras e cavernas. Livro fantástico.

C.

Madame Bovary para os íntimos...

Para começar, tiro um super parágrafo, já no ápice do livro de Gustave Flaubert - Madame Bovary.

"-Esta conjuração da sociedade não a revolta? Há um único sentimento que ela não condene? Os mais nobres instintos, as mais puras simpatias são perseguidas, caluniadas, e, se duas pobres almas se encontram, tudo está organizado para que não possam unir-se. Elas tentarão, todavia, baterão as asas, chamar-se-ão. Oh! Não importa, cedo ou tarde, em seis meses, dez anos, reunir-se-ão, amar-se-ão, porque a fatalidade o exige e porque nasceram umas para a outra."

J.

Os Livros...

“Livros não são coisas absolutamente mortas; contêm um espécie de vida em potência tão prolífica quanto a da alma que os engendrou. E mais: eles preservam, como num frasco, o mais puro e eficaz extrato do intelecto que os produziu. Estou convencido de que eles são tão vivos e tão vigorosamente fecundos quanto aqueles dentes de dragão da fábula. E que, uma vez semeados aqui e ali, podem dar nascimento a homens armados. E, por outro lado, vale refletir que matar um homem pode ser até melhor que matar um bom livro. Quem mata um homem mata uma criatura racional, feita à imagem de Deus, mas aquele que destrói um bom livro mata a própria razão, mata a imagem de Deus como no olho. Muitos homens não passam de um fardo sobre a Terra. Mas um bom livro é o precioso sangue do espírito superior, conservado e guardado com vistas a uma vida para além da vida.”


John Milton (1608-1678)