domingo, 2 de janeiro de 2011
Cem anos de solidão...
Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
"Naquela noite interminável, enquanto o Coronel Gerineldo Márquez evocava as suas tardes mortas no quarto de costura de Amaranta, o Coronel Aureliano Buendía arranhou durante muitas horas, tentando rompê-la, a dura casca da sua solidão. Os seus únicos momentos felizes, desde a tarde remota em que seu pai o levara para conhecer o gelo, haviam transcorrido na oficina de ourivesaria, onde passava o tempo armando peixinhos de ouro. Tivera que promover 32 guerras, e tivera que violar todos os seus pactos com a morte e fuçar como um porco na estrumeira da glória, para descobrir com quase quarenta anos de atraso os privilégios da simplicidade."
"Aureliano Segundo resolveu que era preciso trazê-la para casa e protegê-la, mas o seu bom propósito foi frustrado pela inquebrantável intransigência de Rebeca, que tinha necessitado de muitos anos de sofrimento e miséria para conquistar os privilégios da solidão e não estava disposta a renunciar a eles em troca de uma velhice perturbada pelos falsos encantos da misericórdia."
Não consegui escolher apenas uma. Cem anos de solidão foi o ultimo livro de 2010. Coincidiu com a leitura de O Homem na Multidão de Edgar Allan Poe que cita La Bruyère " É muito triste não poder estar só". Estava a tanto tempo sem solidão que já tinha esquecido de certos privilégios de estar só...
C.
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